Os códigos de barras são ferramentas essenciais no mundo dos negócios, especialmente quando se trata de otimizar processos de vendas, estoque e logística. No entanto, muitos profissionais ainda têm dúvidas sobre as diferenças entre os códigos de barras com GTIN e os sem GTIN. Este artigo abordará as distinções entre esses dois tipos de códigos, explicando suas vantagens, quando utilizá-los e como eles influenciam a emissão de documentos fiscais, como a nota fiscal eletrônica (NF-e).
O que é um Código de Barras com GTIN?
O GTIN (sigla para Global Trade Item Number) é um número único atribuído a cada item comercializado com o objetivo de garantir a rastreabilidade do produto ao longo da cadeia de suprimentos. O código de barras com GTIN é amplamente utilizado no comércio global, permitindo a rápida identificação do produto em sistemas de ponto de venda (PDV), controle de estoque e logística.
Como Funciona o GTIN?
O GTIN pode ter diferentes formatos, dependendo do tipo de produto e da região. Ele pode ser representado por GTIN-12, GTIN-13 ou GTIN-14, sendo que o mais comum em muitos países é o GTIN-13, que tem 13 dígitos. Esse número permite que o produto seja identificado em qualquer parte do mundo, independentemente do local de venda.
Exemplos de Códigos com GTIN:
- GTIN-12: Usado, principalmente, nos Estados Unidos.
- GTIN-13: Padrão global, usado no Brasil
- GTIN-14: Para unidades logísticas e embalagens maiores.
Vantagens do Código de Barras com GTIN
- Rastreabilidade global: O GTIN é reconhecido internacionalmente, o que facilita a exportação de produtos e sua inserção em sistemas de e-commerce e vendas globalizados.
- Facilidade na integração: Sistemas de vendas e plataformas de comércio eletrônico requerem GTIN para o correto processamento e listagem de produtos.
- Emissão de Nota Fiscal Eletrônica: Códigos de barras com GTIN são essenciais para a geração de notas fiscais eletrônicas (NF-e) no Brasil, pois o sistema da SEFAZ (Secretaria da Fazenda) exige esse código para validar a nota fiscal de produtos.
O que é um Código de Barras Sem GTIN?
Códigos de barras sem GTIN são aqueles que não seguem a numeração padrão global e, por isso, não podem ser rastreados da mesma forma que os códigos com GTIN. Esses códigos são geralmente utilizados para produtos que não precisam de rastreabilidade internacional ou para itens que não são vendidos.
Quando Usar Códigos de Barras Sem GTIN?
Produtos que não possuem a necessidade de exportação ou de rastreabilidade global podem se beneficiar de códigos de barras sem GTIN. Eles também podem ser usados por pequenas empresas ou para itens que não requerem a padronização do sistema global de codificação, mas não pode emitir nota fiscal.
Exemplos de Códigos Sem GTIN:
- Produtos artesanais: Muitas vezes, itens feitos à mão ou em pequena escala não têm necessidade de um GTIN, porém não pode comercializar no varejo.
- Itens locais: Produtos que são comercializados apenas em mercados restritos ou dentro de uma área geográfica específica.
- Pequenos negócios: Empresas que não possuem grandes volumes de vendas ou não atuam em plataformas de e-commerce globais e nem no varejo.
Desvantagens de Não Utilizar o GTIN
- Limitação de Mercado: Produtos sem GTIN têm dificuldade para ser comercializados em plataformas globais ou para exportação.
- Dificuldade na automação: A falta de um padrão único de código dificulta o controle de estoque e a automação de processos.
- Emissão de Nota Fiscal Eletrônica: No Brasil, a emissão da NF-e para produtos sem GTIN não é possível, pois a SEFAZ exige o código para validar a transação fiscal.
Diferenças Principais Entre Códigos de Barras com GTIN e Sem GTIN
Apesar de ambos os tipos de códigos de barras terem a função de identificar produtos de forma prática e eficiente, as diferenças entre eles vão além do formato do código. Vamos explorar essas diferenças mais a fundo.
Escopo e Reconhecimento
A principal diferença entre códigos com e sem GTIN está na rastreabilidade global. O código de barras com GTIN é reconhecido mundialmente, o que permite sua utilização em diversas plataformas de vendas, como marketplaces e e-commerce, além de facilitar a comercialização internacional. Por outro lado, os códigos de barras sem GTIN são limitados a mercados locais e não possuem a mesma aceitação global.
Requisitos para Emissão de Nota Fiscal
Outro aspecto crucial é a emissão da nota fiscal eletrônica (NF-e) no Brasil. Para produtos com códigos de barras que possuem GTIN, a SEFAZ exige a presença do código na NF-e, garantindo a rastreabilidade e a conformidade fiscal. No entanto, produtos sem GTIN não podem ser registrados corretamente no sistema da SEFAZ para a emissão de NF-e. Isso representa um grande obstáculo para empresas que operam no Brasil e necessitam emitir notas fiscais de forma legal e eficiente.
Implementação e Custos
O uso de códigos de barras com GTIN envolve custos associados à aquisição do código, geralmente por meio do registro junto ao GS1 global ou revendedor autorizado como a EAN GLOBAL, organização responsável pela atribuição desses números. Já os códigos sem GTIN podem ser mais baratos, pois não requerem a adesão a um sistema internacional de padronização. No entanto, essa economia pode ser contraproducente a longo prazo, pois limita o crescimento e a expansão do negócio.
Quando Optar por Códigos de Barras com GTIN?
A escolha por códigos de barras com GTIN é recomendada para empresas que desejam expandir suas operações para o comércio internacional, participar de grandes plataformas de e-commerce ou que precisam de um sistema robusto de rastreabilidade. Além disso, para a emissão de NF-e, o código com GTIN é essencial, pois sem ele a nota fiscal não poderá ser validada pelo sistema da SEFAZ.
Exemplos de Produtos que Precisam de GTIN:
- Produtos de grande escala: Como alimentos embalados, cosméticos e eletrônicos.
- Produtos exportados: Itens que serão vendidos em mercados internacionais.
- E-commerce: Produtos que serão vendidos em marketplaces ou lojas virtuais que exigem GTIN para listagem.
Quando Optar por Códigos de Barras Sem GTIN?
Se o seu produto não necessita de uma rastreabilidade global ou se você está lidando com itens que são exclusivamente vendidos em mercados locais ou em pequenas quantidades, pode ser viável utilizar códigos de barras sem GTIN. Empresas menores que não trabalham com plataformas de vendas globais podem considerar essa opção mais econômica, porém sua empresa não pode expandir e nem emitir nota fiscal.
Exemplos de Produtos Sem Necessidade de GTIN:
- Artesanato: Produtos feitos de maneira artesanal sem comercialização.
- Produtos de nicho: Itens que são vendidos somente em mercados específicos ou regionais.
- Pequenas empresas: Negócios que não operam em grande escala ou não vendem para grandes redes de distribuição.
Como Escolher o Tipo de Código de Barras para o Seu Produto?
A escolha entre códigos de barras com GTIN e sem GTIN deve ser feita de acordo com as necessidades do seu negócio, especialmente em relação ao alcance de mercado e à rastreabilidade. Se a sua empresa pretende crescer e atingir um público global ou se a emissão de NF-e é uma exigência para o seu setor, os códigos de barras com GTIN são a escolha mais adequada.
Fatores a Considerar na Escolha:
- Escopo do mercado: Se você deseja vender internacionalmente ou em grandes plataformas de e-commerce, o código com GTIN é fundamental.
- Necessidade de rastreabilidade: Produtos que precisam de rastreabilidade global devem utilizar o código com GTIN.
- Custo: Se o seu orçamento for mais restrito e você trabalha com produtos locais, pode optar por códigos sem GTIN, mas com a consciência de suas limitações.
Conclusão
Entender a diferença entre códigos de barras com GTIN e sem GTIN é crucial para o sucesso do seu negócio, especialmente quando se considera a possibilidade de exportação, a venda em plataformas globais ou a necessidade de conformidade fiscal. Produtos com GTIN possuem vantagens significativas em termos de rastreabilidade, integração com sistemas de vendas e emissão de NF-e, sendo a escolha recomendada para empresas que visam expandir suas operações. No entanto, produtos locais e de menor escala podem se beneficiar dos códigos sem GTIN, desde que as limitações de mercado e de rastreabilidade sejam compreendidas.