Você é um empreendedor iniciante e tem dúvidas sobre como fazer registros de produtos em seu estabelecimento, a maneira de vender em marketplacese quais são os registros legais que sua empresa deve ter?
Se a resposta for sim, acredito que deva acompanhar esse artigo até o final, pois irei lhe mostrar quais são todos os passos a seguir para manter o banco de dados de suas mercadorias atualizado.
A maneira mais usual de registrar produtos é utilizando de códigos de barras, sejam eles do modelo EAN-13, UPC-12, DUN-14, Databar, QR code ou DataMatrix.
Mas, não é porque você é um empreendedor jovem que não sabe como realizar pesquisas no Google ou ter ideia de registros básicos.
Claro que, ao analisar respostas nos principais mecanismos de busca, se deparou com informações sobre registro de alimentos, cadastro na Anvisa, código de barras ou vender em varejo.
A grande pergunta a ser respondida é: quais são as principais formas de registros para pequenos empreendedores, que trabalham em varejos físicos ou marketplaces? Como eu faço para registrar meus produtos?
É isso que a EAN GLOBAL lhe explicará agora:
O que é um código de barras virgem?
Caso não conheça muitas informações sobre códigos de barras, sugiro que acompanhe nossa série de artigos sobre o assunto, tanto para iniciante quanto avançados.
Considerando o fato que já tem alguma experiência no mercado varejista, pretende otimizar as vendas do seu negócio e controlar suas finanças, irei lhe mostrar os detalhes sobre códigos de barras.
Um código de barras individual virgem, seja ele EAN-13 ou UPC-12, nada mais é do que um código de barras que ainda não foi usado. Ao lado da palavra “virgem”, acredito que tenha pensado nessa funcionalidade.
Entretanto, seu uso não passa apenas por seu usado no cotidiano das empresas, colocado em embalagens ou algo do tipo.
Na verdade, se o código for registrado em algum banco de dados e, por acaso, ficar no estoque, esse código de barras já foi usado e você não poderá cadastrar outro produto com o mesmo código.
De maneira simples, se você possuir um código de barra virgem e passá-lo em um leitor infravermelho, não aparecerá nada, afinal, o código de barras não está cadastrado em nenhum banco de dados.
Como funciona o código de barras
Você já se perguntou como um leitor consegue identificar aquelas barrinhas, mesmo que estejam de cabeça para baixo?
O código de barras é como se fosse o Registro Civil do produto, um código individual para uma mercadoria. Claro, isso é quando tratamos de códigos universais individuais como EAN-13 e UPC-12.
O padrão de código de barras como conhecemos atualmente foi criado pela organização sem fins lucrativos GS1, na Bélgica. Por esse motivo, uma pessoa em seu mercadinho consegue ler um produto aqui no Brasil assim como um lojista da Nova Zelândia faz a leitura do mesmo produto.
Quando um leitor infravermelho lê um código de barras ele o transforma em números, afinal, computadores só conseguem ler 0 e 1.
As barras brancas irão refletir luz e serão identificadas como 0, já as barras pretas atrairão a luz e serão identificadas como 1. O número final representado dependerá da quantia total de barras pretas e brancas.
O código de barras mais utilizado no mundo é o EAN-13 e possui 95 barras pretas ou brancas e pode representar 13 números.
Importância do Cadastro Nacional de Produtos para médias e grandes redes varejistas
Antes de entrar no tema, queria fazer um alerta: caso você seja um comerciante de varejo, em sua lojinha de R$ 1,99, pequeno mercado, padaria ou que venda produtos em marketplaces, seu negócio NÃO precisa registrar o código de barras nesse sistema.
Para registrar os produtos em seu comércio é necessário colocar o código de barras EAN-13 na etiqueta do produto e passar algumas informações para o ponto de venda como o código de barras, nome do produto, tamanho e o NCM.
Por curiosidade, o NCM é a sigla para Nomenclatura Comum do Mercosul, um código de 8 dígitos utilizado para identificar produtos comercializado no Brasil e em países membros do Mercosul.
Dito isso, vamos voltar ao conceito de CNP.
O Cadastro Nacional de Produtos ou CNPé uma base única e centralizada com informações sobre os produtos, que mantém seu abastecimento constante pela indústria.
Ele serve como fonte de informações de comerciantes que utilizam esses dados e, com eles, elimina problemas como duplicidades e erros de digitação.
Além disso, a organização responsável por seu gerenciamento é a GS1, mesma instituição pela padronização dos códigos internacionais de código de barras.
Importância do código de barras em marketplaces
Hoje em dia, quem deseja comercializar produtos em marketplaces e não tem noção de como utilizar códigos individuais universais está fadado ao fracasso.
Sabe quando está navegando em alguma rede social e, de repente, passa por aquele anúncio incrível de uma camiseta em um marketplace? Você procura, abre o aplicativo, utiliza o mecanismo de busca e mesmo assim não tem sucesso em sua procura.
Mas se durante essa busca você tivesse anotado o código do arquivo e buscado em outro momento?
Essa é a maneira mais prática de um cliente salvar o contato de um fornecedor, já que o momento de compra dos consumidores varia e não é sempre que o interesse engaja em comprar.
Além disso, seu produto assumirá uma péssima posição no marketplace caso não possua um código de barras individual para aquele produto.
Por isso, atente-se ao fato de comprar códigos de barras EAN-13 e UPC-12 para seu negócio digital e melhorar absurdamente seu rendimento digital.
Cadastro de produtos em marketplaces
Após configurar as informações de sua loja virtual, chegou a etapa de cadastrar produtos dentro da plataforma. Apesar de parecer complicado, você pode poupar tempo e melhorar muito seu desempenho dentro da plataforma.
Nessa etapa, vamos considerar o cadastro de produtos com EAN-13, ou seja, com código de barras. Como fonte de exemplo, será utilizado o cadastro de produtos dentro da marketplace.
Primeiramente, você deve entrar no site do marketplace parceiro, fazer cadastro e digitar o login e senha.
Na tela seguinte, no menu Produtos, escolha a opção “Cadastro de produto”.
Ao ser redirecionado para a página de cadastro, clique na opção “Com Código de Barras”, ou seja, com EAN-13.
Em seguida, digite o código do produto a ser cadastrado. Nessa etapa, verifique se os dígitos estão sem espaçamento ou qualquer outro elemento no campo indicado.
Assim que o seu item for aprovado no portal parceiro, será criado um código, nesse caso o código B2W, em uma sequência numérica de 9 dígitos.
Se todos os dados do seu código estiverem corretos, você será redirecionado para uma página de descrição de produtos, em que preencherá os principais dados pedidos pela plataforma referente às especificações do produto.
Pronto! O registro da mercadoria dentro do marketplace está feito e já pode divulgar o produto da maneira que achar correta.
Registro de produtos na Anvisa ≠ Registro de códigos de barras
Existe uma dúvida muito grande ao pesquisar sobre registro de produtos na internet, pois, sempre aparecem resultados como registro de produtos na Anvisa, registro no CNP e cadastro de código de barras de mercadorias.
Ou seja, a informação vem de vários locais ao mesmo tempo, pulverizada e sem deixar claro quais são as empresas que necessitam dos modelos de registros.
Caso sua empresa esteja no ramo varejista, em lojas físicas ou marketplaces, e seja de pequeno porte, não será necessário utilizar esse modelo de cadastro em seus produtos. Ou pelo menos não terá de se preocupar com o registro dependendo da mercadoria que sua empresa comercializa.
Empreendimento que fabricam produtos farmacêuticos, alimentícios ou correlatos devem fazer registro na Anvisa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ou Anvisa é um órgão do Ministério da Saúde responsável por garantir a procedência de fabricação e comércio, com o objetivo de garantir a segurança da população.
A Anvisa é responsável pela garantia de fabricação e registro de produtos como agrotóxicos, alimentos, medicamentos, produtos para saúde e tabaco.
Novamente, a regularização pela Anvisa de produtos comercializados pela empresa nada tem a ver com o registro de código de barras, que busca registrar a mercadoria de maneira individual e ter dados básicos em seu banco de dados.
Categorias de alimentos isentas de registros na Anvisa
Se você tiver um pequeno mercado, padaria, loja de R$ 1,99, doceria ou qualquer outro comércio pequeno e esteja querendo vender alimentos, maior fonte de renda do varejo, sugiro que acompanhe a lista.
Esses são alguns dos principais produtos que estão isentos de registros na Anvisa, mas que ainda devem entregar o comunicado de início de fabricação:
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Açúcares, produtos para adoçar e adoçantes dietéticos;
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Água mineral natural e água natural;
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Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar;
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Alimentos para controle de peso;
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Alimentos para dietas com restrição de nutrientes;
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Alimentos para dietas com ingestão controlada de açúcares;
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Alimentos para gestantes;
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Alimentos para idosos;
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Alimentos para atletas;
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Balas, bombons e gomas de mascar;
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Café, cevada, chá, erva-mate e produtos solúveis;
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Chocolate e produtos de cacau;
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Coadjuvantes de tecnologia e embalagens;
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Especiarias, temperos e molhos;
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Gelo, gelados comestíveis e preparados para gelados comestíveis;
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Misturas para o preparo de alimentos e alimentos prontos para o consumo;
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Óleos vegetais, gorduras vegetais e creme vegetal;
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Produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos;
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Produtos proteicos de origem vegetal;
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Produtos de vegetais (exceto palmito), produtos de frutas e cogumelos comestíveis;
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Vegetais em conserva (palmito);
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Sal;
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Suplemento vitamínico ou mineral.
Já essas são algumas categorias de alimentos isentas de registro sanitário e dispensadas do comunicado de início de fabricação:
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Matérias-primas alimentares e os alimentos in natura;
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Aditivos alimentares (intencionais) inscritos na Farmacopeia Brasileira, os utilizados de acordo com as Boas Práticas de Fabricação e aqueles dispensados pelo órgão competente do Ministério da Saúde;
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Produtos alimentícios elaborados conforme Padrão de Identidade e Qualidade, usados como ingredientes alimentares, destinados ao emprego na preparação de alimentos industrializados, em estabelecimentos devidamente licenciados, desde que incluídos na legislação brasileira de alimentos;
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Produtos de panificação, de pastifício, de pastelaria, de confeitaria, de doceria, de rotisseria e de sorveteria, quando exclusivamente destinados à venda direta ao CONSUMIDOR, efetuada em balcão do próprio PRODUTOR, mesmo quando acondicionados em recipientes ou embalagens com finalidade de facilitar sua comercialização.
Todos esses dados foram retirados do site da Anvisa e você pode conferir mais detalhes no endereço https://www.gov.br/anvisa/pt-br.
Registrar seu produto na GS1 Brasil vale a pena?
Ao longo do artigo, foi possível observar que a GS1 é uma organização influente no mercado, afinal, regula o funcionamento, veiculação e produção dos códigos de barras, além de comercializar em grande quantidade os códigos EAN-13.
Por qual motivo sua empresa não deveria investir capital em uma empresa renomada como a GS1 Brasil e escolher por empresas de menor porte, como a EAN GLOBAL.
Bom, posso elencar alguns pontos. Em primeiro lugar, o Cadastro Nacional de Produtos disponibilizado pela GS1 possui um valor elevado para a realidade de pequenos comerciantes.
Além disso, eles trabalham com planos de anuidade. Ou seja, para que sua empresa continue utilizando os códigos de barras adquiridos na GS1 Brasil será necessário pagar uma taxa anual para a empresa.
Na prática, você está alugando o código, mesmo com o valor de entrada baixo para o mercado. Se seu contrato com a GS1 encerrar, você perderá o código de barras e precisará retirar o produto do varejo, mesmo que tenha pagado durante anos.
Já na EAN GLOBAL você irá adquirir códigos autênticos, genuínos e sem taxas contínuas, tornando o custo total de possuir o código EAN-13, DUN-14 ou QR Code significativamente menor.
Estratégias para vender mais no varejo
De posse de todas essas informações, espero que o registro de produtos em seu estabelecimento seja mais fácil de ser realizado.
Entretanto, não basta registrar produtos e não ter clientes, não é mesmo?
Por isso, vou lhe passar algumas dicas de como pode vender mais em período de crise:
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Compartilhe informações com o fabricante, tanto de venda quanto dos clientes;
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Mude a estrutura de sua loja, facilitando a movimentação de clientes;
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Ofereça soluções ao invés de produtos;
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Posicione os produtos de mais saída aos olhos dos consumidores;
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Tenha marcas próprias e aumente sua margem de lucro na venda dos produtos.